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🛠️ Ex-faxineira aprende marcenaria por vídeos e cria ateliê premiado na periferia

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Aos 42 anos, Márcia Conceição trocou a vassoura pelo formão. Moradora do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, ela passou mais de duas décadas trabalhando como diarista, até descobrir acidentalmente a marcenaria ao limpar um ateliê artesanal. “Foi amor à primeira lixa”, brinca. Naquele dia, observando um senhor moldar um pedaço de madeira, sentiu que poderia fazer aquilo também. Sem dinheiro para cursos, Márcia passou a estudar sozinha à noite. Assistia tutoriais no celular emprestado da filha e praticava com restos de madeira encontrados nas caçambas do bairro. “O primeiro banquinho saiu todo torto. Mas eu guardei até hoje. Me lembra que todo começo é assim”, diz, rindo. 🔨 Superando os limites Aos poucos, passou a fazer pequenos reparos para vizinhos. Uma gaveta aqui, uma prateleira ali. Com o tempo, começou a receber encomendas de móveis personalizados. A fama do “toque feminino” nos detalhes fez com que a clientela crescesse, mesmo sem redes sociais. “Era tudo no boca a boca. E fun...

🧱 “Ex-entregador vira consultor de logística e transforma galpão abandonado em centro de distribuição”

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  Aos 38 anos, Jonas de Almeida vive hoje uma realidade muito diferente da que enfrentava nas ruas da zona norte de São Paulo. Durante dez anos, trabalhou como entregador autônomo, pedalando até 70 km por dia para completar a renda da família. “Já levei caixa d’água na garupa da bike. O que aparecesse, eu fazia”, conta. Foi durante as longas esperas nas docas de carga que Jonas começou a observar os erros recorrentes no sistema de entregas. “Muita perda de tempo, roteiros mal planejados. Vi que dava pra melhorar, mesmo sem grandes recursos.” Ele começou a anotar tudo num caderno velho e pesquisar no celular formas de otimizar processos. 🚚 A virada no meio da rotina Em 2021, com a pandemia e a alta demanda por entregas, Jonas foi chamado para ajudar em um pequeno depósito que enfrentava dificuldades. Em pouco tempo, reduziu em 40% os atrasos, reorganizou as prateleiras e criou um sistema simples de etiquetagem. “Era tudo no papel, mas funcionava”, lembra. O trabalho chamou atenção ...

🧰 “Ele reformava barracos… hoje ministra cursos sobre moradia digna e habitação social”

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  Da marreta à mobilização: a história de Marcelo, o ex-pedreiro de favela que se tornou referência nacional em urbanismo comunitário. Marcelo de Andrade, 44 anos, cresceu entre as vielas da Zona Norte de São Paulo. Filho de pedreiro e costureira, aprendeu cedo a erguer paredes com sobras de obra. “A gente fazia puxadinho com o que tinha: pedaço de porta virava prateleira, telha quebrada virava calha. Era sobrevivência com dignidade”, relembra. Na adolescência, já liderava mutirões na comunidade. Aos 20, começou a documentar tudo com uma câmera emprestada. “Vi que não era só construção, era resistência. Cada parede erguida era uma vitória contra o abandono.” 📚 Tijolo por tijolo, uma nova base Durante a pandemia, com as obras escassas, Marcelo começou a postar vídeos explicando normas básicas de segurança, ventilação e saneamento. O canal “Casa para Todos” ganhou força rapidamente, atraindo tanto moradores quanto arquitetos. A virada veio quando foi convidado para participar de um ...

🛠️ "Da faxina à engenharia: a trajetória de Marcos, o ex-zelador que construiu seu próprio futuro"

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Por mais de 12 anos, Marcos Oliveira, hoje com 38, cruzava silenciosamente os corredores de um colégio técnico em São Paulo antes que os alunos chegassem. Era o responsável pela limpeza, mas entre vassouras e rodos, carregava também um sonho: estudar ali. "Eu via os meninos mexendo em placas, robôs… aquilo me despertava", diz ele, que começou a limpar o laboratório de informática com mais atenção que o normal. “Queria entender o que era aquilo tudo”. 📘 A primeira matrícula Foi em uma conversa informal com uma das professoras de física que Marcos ouviu a frase que mudaria seu rumo: “Você tem jeito para isso, por que não tenta o supletivo à noite?”. Voltou a estudar aos 29 anos. Concluiu o ensino médio em 2 anos e, com ajuda de alguns docentes, prestou vestibular para engenharia elétrica. Foi aprovado em uma faculdade pública. 💡 A virada silenciosa Durante o curso, Marcos conciliava os estudos com pequenos bicos de manutenção elétrica em residências. Nunca parou de trab...

Da rotina ao reinício: a virada silenciosa de Alcides após a demissão

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  Alcides, 41 anos, percorreu por mais de uma década o mesmo trajeto diário entre o Capão Redondo e o centro da cidade. Funcionário de um escritório contábil, era um rosto comum entre tantos no Terminal Sul, sempre discreto, com fones de ouvido e olhar cansado. Com a chegada da pandemia e o fechamento repentino da empresa onde trabalhava, tudo mudou. A demissão inesperada veio acompanhada de silêncio, medo e noites em claro. “Foram dias difíceis. Não pelo dinheiro, mas por perder a rotina. Eu era o tipo de pessoa que achava que o trabalho era tudo”, relembra. 📉 Quando tudo parou Nos primeiros meses, Alcides tentou se recolocar. Fez cursos online, mandou currículos, atualizou perfis profissionais. As respostas eram escassas. O tempo livre, antes um luxo, se tornou uma tortura. "A gente se dá conta de como está sozinho quando não tem mais com quem dividir o almoço ou o caminho de volta pra casa." Foi então que ele decidiu parar de procurar e começou a ouvir mais a si mesmo. 📚...

🛠️ “Ele fazia crochê no busão… hoje dá aula de investimentos com agulha e linha”

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Do coletivo ao coletivo financeiro: a história de Alcides, o ex-crocheteiro da 509M que virou coach de renda passiva. Alcides, 41 anos, sempre foi conhecido no Terminal Sul por um hábito incomum: fazia crochê dentro do ônibus a caminho do trabalho. “Era minha terapia no trânsito. Fazia tapete, bolsinha, até capinha de celular… tudo no trajeto entre o Capão Redondo e o centro”, conta ele, enquanto exibe um porta-CDB feito de barbante. O que ninguém imaginava é que aquelas linhas seriam também o início de uma reviravolta financeira. 📈 Do ponto final ao ponto de virada Durante a pandemia, Alcides perdeu o emprego e resolveu vender seus crochês online. Em poucos meses, já estava fazendo parceria com influencers do nicho “boho chic pobre”. “Uma moça pediu um cropped de crochê que imitava gráfico de ações. Aí deu o estalo”, revela. Hoje, ele comanda o canal ‘Crochê e Dividendos’ , onde ensina a investir no Tesouro Direto enquanto tricota uma carteira diversificada. “Enquanto o povo per...

🛠 “Ele consertava ventilador… agora conserta empresas com consultoria financeira”

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Elias era conhecido no bairro como o “menino do ventilador”. Consertava de tudo por R$ 15 e uma coxinha. Mas enquanto mexia nos fios, estudava no YouTube sobre finanças. Hoje, virou consultor empresarial. Já ajudou padarias, estúdios e até farmácias a saírem do vermelho. “Se eu aprendi a arrumar motor queimado, imagina fluxo de caixa”, brinca. 🤔 Reflexão Final : A vida gira, igual hélice… o importante é não parar de ventilar ideias.