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Mostrando postagens de agosto, 2025

🛠️ Ex-faxineira aprende marcenaria por vídeos e cria ateliê premiado na periferia

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Aos 42 anos, Márcia Conceição trocou a vassoura pelo formão. Moradora do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, ela passou mais de duas décadas trabalhando como diarista, até descobrir acidentalmente a marcenaria ao limpar um ateliê artesanal. “Foi amor à primeira lixa”, brinca. Naquele dia, observando um senhor moldar um pedaço de madeira, sentiu que poderia fazer aquilo também. Sem dinheiro para cursos, Márcia passou a estudar sozinha à noite. Assistia tutoriais no celular emprestado da filha e praticava com restos de madeira encontrados nas caçambas do bairro. “O primeiro banquinho saiu todo torto. Mas eu guardei até hoje. Me lembra que todo começo é assim”, diz, rindo. 🔨 Superando os limites Aos poucos, passou a fazer pequenos reparos para vizinhos. Uma gaveta aqui, uma prateleira ali. Com o tempo, começou a receber encomendas de móveis personalizados. A fama do “toque feminino” nos detalhes fez com que a clientela crescesse, mesmo sem redes sociais. “Era tudo no boca a boca. E fun...

🧱 “Ex-entregador vira consultor de logística e transforma galpão abandonado em centro de distribuição”

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  Aos 38 anos, Jonas de Almeida vive hoje uma realidade muito diferente da que enfrentava nas ruas da zona norte de São Paulo. Durante dez anos, trabalhou como entregador autônomo, pedalando até 70 km por dia para completar a renda da família. “Já levei caixa d’água na garupa da bike. O que aparecesse, eu fazia”, conta. Foi durante as longas esperas nas docas de carga que Jonas começou a observar os erros recorrentes no sistema de entregas. “Muita perda de tempo, roteiros mal planejados. Vi que dava pra melhorar, mesmo sem grandes recursos.” Ele começou a anotar tudo num caderno velho e pesquisar no celular formas de otimizar processos. 🚚 A virada no meio da rotina Em 2021, com a pandemia e a alta demanda por entregas, Jonas foi chamado para ajudar em um pequeno depósito que enfrentava dificuldades. Em pouco tempo, reduziu em 40% os atrasos, reorganizou as prateleiras e criou um sistema simples de etiquetagem. “Era tudo no papel, mas funcionava”, lembra. O trabalho chamou atenção ...